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Recifense com dois pés no Sertão. PV Ferraz é diretor e roteirista pernambucano com mais de 10 anos de experiência no audiovisual. Se apresenta como um diretor de formatos híbridos e se destaca por sua versatilidade em explorar as diferentes linguagens da imagem em movimento.
 
Em 2021, o seu curta-metragem "Redoma" recebeu reconhecimento internacional, sendo selecionado por mais de 40 festivais em 18 países e ganhando prêmios, com destaque para o melhor curta-metragem no iFO’s - Latin and South American Competition, sediado na Flórida.
 
Como documentarista, PV contribui para a repaginação da imagem do Sertão Pernambucano sob uma ótica local e está preparando o lançamento de seu próximo documentário "Buchada", em colaboração com a Globo Nordeste e Globoplay.
 
Este ano estreia seu primeiro projeto de fotografia contemporânea, intitulado "Retrato Oco", que busca explorar o paradoxo da presença e ausência do invisível por meio de uma instalação imagens sensoriais combinando fotografia, vídeo e arte gráfica.
 
PV possui formação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Pernambuco e especialização em direção cinematográfica na Inspiratorium - Escola de Cinema/São Paulo.

PV Ferraz

texto
expográfico

Asas que voam para dentro e nesse voo pelas profundezas do ser, viver não é suficiente, olhar não basta. A carne da cinematura de PV Ferraz é composta por atravessamentos, e é desta temporada nos abismos que Pedro nos revela um compêndio de vazios, uma orquestração de silêncios cheios de som, o oco que nos habita, tendo sua fotografia expandida como um alicerce solto na plataforma do ar, um satélite artificial e oco em órbita.

Retrato Oco propõe um mergulho nas profundezas da experiência humana, nos convida a explorar os espaços vazios que habitam dentro de nós. Dualidade entre presença e ausência, entre o que é visível aos olhos e o que é sensível ao sentido.

 

Quando olhamos nos olhos do mundo, o mundo nos olha de volta?

 

Modigliani pintava ou não os olhos de acordo com o nefesh da pessoa. Nefesh é uma palavra em hebraico que pode ser compreendida como alma.


Ao exaltar os vazios, o artista recifense PV Ferraz nos convida a refletir sobre a vastidão das ausências que moldam nossa existência. Como um artesão da imagem nos transporta para paisagens que residem nos sonhos, aqui todos nos tornamos sonhos. Faces vazadas por memórias, memórias que nadam em cor e luz. 

Os múltiplos sentidos interessam a Pedro, com seu olhar minucioso busca traduzir cada emoção, cada pequena coisa. Por meio de fotografias que nascem das entranhas, somos levados a conectar emoções, onde as ausências se tornam tão significativas quanto o que está presente. 

Quanto afeto cabe ao olhar?

Retrato Oco nos desafia a abraçar a ausência como parte integrante da existência e apresenta os espaços vazios onde encontramos a plenitude de nossas incertezas.

iezu kaeru

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